PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS MENINGITES VIRAIS NO ESTADO DA BAHIA ENTRE 2007 E 2018

João Vítor Nunes Sobreira Cruz, Mariana dos Santos Nascimento, Thabata Alves Moniz de Aragão Oliveira, Ingrid Rebello Sanchez Nunes, Laise Gisele de Souza, Antonio de Souza Andrade Filho

Resumo


OBJETIVO: Obter dados sobre o perfil epidemiológico das meningites virais no estado da Bahia, entre 2007 e 2018, pois impactam políticas de saúde. MÉTODOS: Trata-se de um estudo ecológico descritivo, com dados retirados do Ministério da Saúde por meio do DATASUS, selecionados de um período de janeiro de 2007 a dezembro de 2018, no estado da Bahia. Variáveis coletados foram: idade, sexo, etnia, municípios, técnica de diagnóstico, critério de confirmação, classificação final, taxa de mortalidade e evolução dos casos. RESULTADOS: O estudo mostrou que, na Bahia, 57,5% dos casos foram virais e o sexo masculino foi o mais afetado (57,62%), sendo o método quimiocitológico o responsável pela maioria dos diagnósticos. Da amostra, 51,25% dos indivíduos são pardos e 76,96% foram atendidos na capital. A faixa etária mais acometida foi de 0 a 19 anos e os idosos acima de 80 anos tiveram maior taxa percentual de óbitos. Houve, anualmente, maior frequência de casos no segundo semestre, além de decréscimo no número de casos ao longo do período estudado. CONCLUSÃO: Diante desses dados, percebe-se que apesar da redução da taxa de mortalidade, ainda persiste um número considerável de casos, principalmente entre os mais jovens, homens e pardos, ressaltando-se ainda a correlação socioeconômica. Entretanto, não existem tratamentos específicos para todas as causas etiológicas.  Visto isso, urge conhecer o perfil desses pacientes para adoção de medidas de prevenção.


Palavras-chave


Meningite viral; Meningites; Enterovírus; Líquido cefalorraquidiano

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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365