ABORDAGEM EPIGENÉTICA NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO X-FRÁGIL: REVISÃO INTEGRATIVA.

Karine Mayumi Kimura, Willer Daniel Silverio, Marjori Leiva Camparoto

Resumo


Na síndrome do X frágil (SXF), a perda de expressão do gene FMR1 é causada pela expansão instável da repetição (CGG)n na região 5’ não traduzida. Até o momento, não há tratamento farmacológico direcionado à etiopatogenia instituído. Com os avanços da epigenética, há evidências de novas abordagens terapêuticas alvo-específicas em células de pacientes portadores. O objetivo do estudo foi investigar o conteúdo das publicações sobre as terapias epigenéticas para a SXF. Foi realizada uma revisão integrativa, nas bases de dados PubMed, BVS e EMBASE, por meio dos descritores: “DNA demethylation” OR “Histone deacetylase inhibitor” OR “Histone acetylation” OR “Epigenetic treatment” AND “Fragile X syndrome”. A partir da busca foram encontrados 172 artigos heterogêneos, e destes, selecionados 22, conforme os critérios de exclusão estabelecidos. Dentre as drogas testadas para a reativação transcricional estão em destaque os inibidores de histona desacetilase (HDAC) e os inibidores de DNA metiltransferase (DNMT), sendo as principais avaliadas a 5-aza-2-desoxicitidina (5-azadC), a 5-azadesoxicitidina e TSA. A 5-azadC foi a mais estudada, apresentando resultados promissores em relação à reativação do FMR1, com restauração da expressão entre 8% e 70% em relação aos níveis encontrados em células de indivíduos normais, sendo a dose da substância intimamente ligada à sua eficácia. No entanto, quanto maior a dose do 5-azadC, maior a toxicidade, limitando seu uso terapêutico. O presente estudo demonstrou que ainda há poucas pesquisas no ramo da terapia epigenética, desta forma, novos compostos devem ser investigados a fim de encontrar uma droga eficiente e segura para a SXF.


Palavras-chave


Síndrome do X Frágil; Epigenética; Terapêutica.

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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365