PERFIL DOS INDIVÍDUOS COM A DOENÇA DE PARKINSON QUE REALIZAM DANÇA: DISFUNÇÃO COGNITIVA E QUALIDADE DE VIDA

Bruno Marques Bento, Ana Cristina Tillmann, Jéssica Moratelli, Joris Pazin, Alessandra Swarowsky, Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães

Résumé


Objetivo: Investigar a relação entre a disfunção cognitiva, o UPDRS e a qualidade de vida de indivíduos com doença de Parkinson praticantes de aulas de dança. Métodos: O estudo de delineamento transversal foi composto por 28 indivíduos com idade média de 67,42±10,21 anos diagnosticados com a doença de Parkinson, que realizavam dança em pares, duas vezes por semana durante 50 minutos. Aplicou-se um questionário em forma de entrevista dividido em cinco partes: a) Identificação pessoal; b) Escala de Hoehn e Yahr; c) Escala unificada de avaliação da doença de Parkinson (UPDRS); d) Parkinson Disease Questionare (PDQ-39) versão Brasileira; e) Montreal Cognitive Assessment (MoCA). Resultados: A média do MoCA para os indivíduos deste estudo ficou em 21,6±4,5, o que indica a presença de déficit cognitivo. Houve associação negativa entre o MoCA e o UPDRS, na seção exploração motora (UPDRS III) com p= 0,042. Houve também, associação negativa entre o MoCA e Qualidade de Vida (PDQ-39) na mobilidade, atividades diárias, estigma e comunicação (p= 0,049; 0,050; 0,033 e 0,035) respectivamente.  Conclusão: O déficit cognitivo pode apresentar infuência no quesito exploração motora e nos fatores da qualidade de vida como: mobilidade, atividades diárias, comunicação e estigma.


Mots-clés


Cognição; Dança; Doença de Parkinson; Qualidade de vida

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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365